Extinção

De fato esta palavra parece ter ficado famosa na década de 1970, quando vemos uma explosão das manifestações de defesa do meio ambiente.

É claro que a preocupação na conservação ambiental já havia sido notada em momentos de nossa história, mas resumia-se a atitudes isoladas de poucas pessoas.

Já é conhecido que muitas formas de vida que já existiram já não existem mais, sendo algumas delas, contemporâneas de nossa espécie e, até pode-se atribuir, mesmo em tempos remotos de nossa história, que a humanidade teve participação na extinção de alguns seres.

Nos dias de hoje, discute-se muito sobre como o planeta deve ser cuidado, para que ele continue habitável pela nossa espécie. E mesmo que muitas pessoas tentem defender os demais habitantes, o pensamento de um desenvolvimento sustentável normalmente os desconsidera.

Os direitos dos não humanos é um tema pouco discutido, mas já tem conquistado espaço no círculo acadêmico. E não é um discurso do tipo “cuidar do bichinho que é bonitinho”, e sim um sentimento de civilidade.

A origem do ser humano, do ponto de vista científico, é algo que está no campo das crenças. Mas isso não atrapalha em quem nós somos, pois diante de toda a história, percebemos que não somos meras coincidências, nem tampouco poeiras cósmicas.

A pequenez humana é um fato ante ao Universo, mas a nossa grandeza está na capacidade de reconhecer a pequenez.

Muitos seres da Terra possuem uma força extremamente superior à humana, no entanto nunca nos intimidaram, mesmo quando éramos poucos.

O poder militar humano não vem da força, mas da inteligência. A mesma que nos torna uma civilização.

Em poucos anos, teremos definitivamente ocupado toda a Terra, delimitando com precisão onde devem viver os não humanos, de tal maneira que não poderão sustentar-se sem a interferência dos dominadores.

O insucesso dos não humanos deve-se ao fato de nenhuma das suas espécies terem almejado ser uma civilização e, isso os levou à submissão.

Nos dias de hoje seria difícil imaginar um não humano fazendo um discurso em algum parlamento, ou mesmo estudando em alguma biblioteca, mas o que importa hoje é o ser humano refletir sobre o que é civilização.

A nobreza não é um mero título, mas a capacidade de governar e de proteger. Consolidar o nosso domínio sobre este planeta não é nem de longe sinônimo de devastação. É preciso garantir o equilíbrio ambiental do planeta para a manutenção de nossa existência, além de compreender a vida dos não humanos, buscando governá-los e, quem sabe, parar de comê-los.

Mesmo que os seres dominados não tenham direito a expressão, em nossa nobre alma podemos respeitá-los, garantindo direitos já em nossos códigos, mas expandindo esses mesmos direitos, levando a civilização a tais seres.

Os não humanos já compreendem cada qual de sua maneira que o homem possui autoridade sobre eles, mas a consolidação desse domínio se dará quando os não humanos nos respeitarem pelo que nós somos e representamos.

Num certo dia, há aproximadamente 3.500 a.C., um hebreu chamado Moshe escreveu em um de seus livros um relato a respeito do Deus que falava com ele: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”

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